06/08 - "Aonde Tudo Acontece"

Motivos para não ir eu tinha vários, e o mais forte deles era o fato de eu ter que voltar de busão mais uma vez. O frio e o sono, já não desanimam mais, caiu na rotina. Dinheiro também não é desculpa, sempre se dá um jeito. Pois bem, se é assim então: 
Tsumano IN
E na calada da matina, às seis, o carro-favela se aproxima devagar, faróis ligados e no seu interior:
Tani IN
A previsão é boa, e o LD nos garantiu que as ondas iam estar melhores do que qualquer FDS de julho (o que não quer dizer muita coisa), mas serve como um incentivo.
Mas e agora vamos para onde? Ondulação de meio à um metro de sul, sem vento e se bater uma brisa vai ser de leste.
Riviera deve estar pequeno e não é a melhor ondulação. Direto e reto pra Juqueí então, mas chegando lá...
...que tristeza! Já eram 8:30 e a sensação é de que rolaram altas bem cedinho e agora já ta miando. Quase caímos nesse mar, tava lisinho, mas muito fraco. Ficamos olhando por 15 minutos e nada, o crowd boiando e as ondas engordando.
Tentamos algumas ligações pro disk-xute, mas ele ainda não ressuscitou. Pela internet do celular, esperamos as atualizações dos picos ao nosso redor. E tá tudo amarelinho, Camburi ta com a barrinha um pouquinho maior, mas também ta amarelo. Depois de meia hora esperando, nada de atualizarem Maresias... - hmmm sei não, aí tem coisa!
O Special Point era Camburi, que deve estar um crowd fervoroso. Baleia deve estar um lixo, se levarmos em conta a gorduchera que estava em Juqueí.
E foi assim que resolvemos ir para lá... "A Praia de Todas as Praias".
Famosa por ter a melhor balada do litoral, as pessoas mais bonitas, Mansões beira-mar extraordinárias e a Serra do Mar enfeitando sua geografia.
Lembro do Tani me agradecendo logo que chegamos no pico para ver as ondas.
Me senti grato, mas respondi com serenidade algo do tipo:
- Mermão, aqui tá sempre melhor, é só querer! 
Pouco tempo depois, já estávamos no nosso pico.
Sem vergonha de dizer que caímos no meio. Sem crowd, e com muito mais esquerdas que direitas! Nào era o canto do Moreira, mas tava melhor do que qualquer outro pico do litoral norte. Na foto abaixo dá pra ter uma noção do que tinha: 
Tinham ondas de um metrão na série, e nas séries das séries (que vinham no meio do oceano) um metro e meio; porque não!? Se levarmos em conta a força...
Alguns tubos rolando, paredões abrindo até a lama e ninguém nos incomodava. Saímos sem braços quatro horas depois, pra comer um lanche de atum biqueira (obrigado Senhor por ter sobrevivido a mais essa) e um energético monstro.
Sem muito tempo para digestão, fizemos uma segunda bateria de uma hora. Onde também pegamos altas.
Saímos correndo do mar.
Chegamos na Riviera e meu busão tinha acabado de sair. Aqui vai o Salve do FDS pro meu irmão Tanielson, que foi na perseguição até o centro de Bertioga atrás do Busão fugitivo para que eu pudesse chegar na minha são e salvo (no caso, mais salvo do que são).
No dia seguinte ele ainda encarou o rolê de volta pro mesmo pico, mas disse que não tava igual.
"Ah meu amigo a vida não é assim, se tu achas que tá fácil, olhes bem para mim!"

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