"Vamos cair no lugar certo, vamos pensar pra gente cair e fazer uma queda legal! Todo mundo pensamento posisitvo, Deus no pensamento! Todo mundo vai se divertir, todo mundo que estiver no mar, mesmo quem agente não conhece, vai ser uma queda legal pra todo mundo, ninguém pode se machucar, todo mundo tem que conseguir surfar e agente no final do dia vai estar comemorando e dando risada daquele jeito que agente sempre gostou!"
Viiiixi. Talvez você, assíduo leitor, pensava que o fato de nós acordarmos todo sábado às 4 da manhã nos deixava sonolentos e mau-humorados na descida da serra! Mas a frase acima comprova que não é bem assim. Junto com o improviso no rap, essa foi uma das formas de liberar a endorfina gerada pela ansiedade de pegar um mar grande e épico.
Brunini, Aquino, Marçal e Orioli, esse último autor da frase que deveria ser usada como exemplo de oração a ser feita por todo surfista antes da queda. Como eu ia dizendo... 2 porcos e 2 gambás indo se encontrar com a Baleia-amiga, com a Fazenda no cabeça e nenhum bambi pra zuar! Às 5:55 já foram 5; carboidrato em forma de bisnaguinha e a barrinha de energia aumenta, mal imaginávamos que precisariamos de muito mais que isso!
O mais loko foi chegar num pico bem mais longe, só que no horário de sempre. O Santana placa Garopaba nem precisou correr para às 7:00 estármos conferindo o canto esquerdo de Juquehybas.
Chegamos à conclusão que não estava tão bom e nem tão grande como esperávamos (coitado dos que não vieram de medo!), fomos pra Baleinha que também tava aquela coisa. Resolvemos voltar pra Juqueisso, agora o confere foi no pico. Tiramos fotos...
... e caímos, maré seca, vento leste terral, um metro e meio de sul, fechando bastante, correnteza nervosa. Conforme a maré ia subindo, a arrebenta ficava cada vez mais distante proporcionando alguns momentos de sufoco, um bom dia pra treinar joelinho! Eu particularmente achei um lixo, é claro que tinha umas ondas boas, mas mal valia o sacrifício. O Marçal gostou, disseram que a maior do dia foi dele. Eu acabei sendo cuspido pelo Seu Atlântico, junto com o Aquino. Bode na areia, breja, pf de pescada na lojinha do posto e a barrinha de energia sai do zero.
Voltamos pra Baleia, dessa vez bem mais amiga, e pelo visto, não foi só agente que percebeu isso. Antes de nos juntarmos àqueles milhares de surfistas no outside, demos mais um cochilo digestivo, na grama de um condomínio; estilo Maranhão mesmo, toalha estendida na sombra, ouvindo um Lee Perry raíz, já o Marçal preferiu puxar um ronco na sauna da caranga.
Foi nesse hora que conhecemos o Clay, que ao se deparar com essa cena perguntou:
- "Vocês vão surfar hoje ainda?"
- "Opa!" - nóis.
- "Com essa coragem toda?"
Valeu o rolê, tinha altas... mais uma vez, no diálogo de volta pra casa, a inevitável comparação, das ondas do LN com as do Guaru... Concluindo que não há comparação! Abaixo às fechadeiras costumeiras!
Subimos a serra comemorando e dando risada, como profetizado. Cheguei na minha quase às 22:00, foi um dia cansativo, para os matemáticos de plantão, que gostam de resumir seus finais de semana com números, ai vão os nossos:
umas 8 horas de surfe, umas 40 ondas per capita e mais de 100 km de remação, fácil!
"Agora é só tomar uma ducha, comer um prato-peão, tela e zzzzzzz!"
Vamo q vamo q não pode parar vamo quebrando a vala que logo mas tamu quebrando tudo!
ResponderExcluirGrande abrax e altas para todos!!